Disciplina - Matemática

Matemática

04/07/2008

Intervalo matemático

O entusiasmo despertado nos estudantes foi grande. Carlos Costa, professor de Matemática e responsável pelo projecto, liga o "Kioske" para uma demonstração. Usa, para isso, o teclado e o mouse, escondidos juntamente com o computador no interior da estrutura. E é assim, "à mão", que o professor põe o "Kioske" a funcionar.
Alguns alunos a brincar no intervalo apercebem-se. Rapidamente a notícia de que o "Kioske" estaria funcionando leva oas alunos a deixar as corridas e amontoar-se para ver.
A estrutura do "Kioske" foi construída na escola. No computador colocado no seu interior corre um software composto por uma série de exercícios de matemática destinados aos alunos do 5.º e do 6.º anos. Foi concebido por Carlos Costa, professor de Matemática do 2.º ciclo há 21 anos no Externato Infante D. Henrique. E destina-se a ajudar os alunos a consolidar o que aprendem na sala de aula, mas no intervalo.
"Estando fora da sala de aula, o "Kioske" é encarado como uma brincadeira", explica o professor. O objetivo está cumprido. De forma lúdica, os alunos podem fazer exercícios de cálculo mental. Não precisam de lápis nem papel, apenas de arrastar os resultados até às expressõesl. Assim, explica Carlos Costa, "o mesmo assunto num outro suporte torna-se muitas vezes mais compreensível."
Com a facilidade de um clique os alunos podem trabalhar os seus conhecimentos básicos ao nível da classificação de polígonos e sólidos geométricos, da ordenação de números inteiros, decimais e racionais e da realização de cálculos mentais. Áreas onde "por norma" os alunos apresentam maior dificuldade, refere Carlos Costa. No equipamento, a "matéria" é apresentada como se de um jogo se tratasse. Aposta-se na atratividade visual: "A memória fotográfica é importante para os alunos ao nível da organização mental", diz o professor.
Confiante no papel de destaque que as novas tecnologias da informação e comunicação cada vez mais têm na sala de aula, Carlos Costa defende a generalização destas ferramentas informáticas nas escolas. Quadros interativos e computadores com bons programas educativos: os protagonistas de qualquer plano tecnológico.
A experiência de ensino de Carlos Costa o fez chegar à conclusão de que as aulas seriam mais produtivas se cada professor tivesse a possibilidade de trabalhar com algum programa de suporte à matéria lecionada, onde os alunos pudessem resolver exercícios que seriam validados pelo computador. "O futuro é uma sala equipada com computadores e um bom software onde o professor - cada vez mais - vai ter a responsabilidade de proporcionar momentos de aprendizagem."
O sucesso do "Kioske" está levando a escola a equacionar repetir a façanha para as áreas da Língua Portuguesa e das Ciências. Planos a concretizar no "futuro". Mas já no próximo ano lectivo está em vista a relocalização do ou - quem sabe - dos "Kioskes" no recreio: um espaço autônomo, com uma cobertura adequada e umas mesas para os alunos conviverem em torno das "atrações".

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