Disciplina - Matemática

Matemática

10/09/2009

Geometria: Gravuras inéditas de expoentes da arte cinética mundial serão apresentadas ao público

Rio - Gravuras inéditas dos maiores expoentes da arte cinética mundial serão apresentadas ao público. O Espaço Eliana Benchimol realiza de 11 a 30 de setembro, a coletiva “Cinéticos: gravuras década de 1970”, apresentando pela primeira vez um conjunto de 20 gravuras dos maiores artistas cinéticos mundiais, como Yaacov Agam, Jesus Soto, Le Parc, Cruz-Diez, Perez-Flores, Vasarely e Yvaral.
O objetivo de Eliana é oferecer ao grande público apreciador de arte, a oportunidade de adquirir a um custo razoável gravuras numeradas e assinadas, criadas durante um dos melhores períodos da produção destes artistas .
"As gravuras permitem ao apreciador de arte, ter uma obra de qualidade também assinada pelo artista, a um preço bem mais acessível do que a peça única; o que no caso destes artistas, dada a sua importância, fica restrito a um universo muito pequeno de pessoas ", explica Eliana complementando que “adquirir uma gravura assinada é sinal de bom gosto”.
A marchand ressalta que existe uma grande tendência mundial dos apreciadores de artes a formarem coleções inteiras de gravuras e que atualmente , mesmo nas decorações é mais indicado adquirir obras assinadas de grandes artistas em papel do que quadros simplesmente decorativos, visto que as gravuras de artistas renomados tendem sempre a se valorizar.
"Atualmente, todas as releituras estão em voga, seja no mobiliário, na moda, na música e nas artes plásticas. Esta coleção que conseguimos captar para a mostra Cinéticos foi especialmente elaborada. A década de 1970 corresponde ao período de maior importância da arte cinética e de seus expoentes, pois foi neste momento que a qualidade do trabalho e a beleza das imagens se uniram".
Espaço Eliana Benchimol
Localizado no tradicional Shopping Cassino Atlântico, considerado a referência das artes no Rio de Janeiro, o Espaço Eliana Benchimol é dedicado a artistas consagrados, nacionais e estrangeiros, concretistas e cinéticos. Com 23 anos de experiência como galerista de artes plásticas, Eliana representa no Brasil, o Venezuelano Perez-Flores e no Rio de Janeiro, representa as obras de Cruz-Diez.
Em 1986, inaugurou a Votre Galerie, no Rio Design Center Leblon, quando o shopping era especializado em arte e decoração. Em 2005 decidiu investir seu tempo em estudo, pesquisa, contatos com artistas, curadores e marchands internacionais, além de viagens culturais voltadas às artes plásticas. Em seu acervo há obras raras de outros expoentes da arte cinética internacional como Julio Le Parc, Antonio Asis, Martha Boto, Gregorio Vardanega, e do brasileiro Luis Sacilotto.
Em 2007, aplicou todo o conhecimento que acumulou nos dois anos de estudo e reciclagem no Espaço Eliana Benchimol, tendo o privilégio de ser a primeira marchand a apresentar no Brasil uma exposição de Darío-Perez-Flores. Foram 15 obras expostas em sua Galeria pertencentes a série "Prochromatiques", iniciada pelo artista em 1976.
ARTE CINÉTICA
A arte cinética é baseada na ilusão de ótica, que surge a partir da oposição de cores e a aplicação de formas geométricas. São composições em movimento para os olhos. Nascida na década de 1950, na França, para romper com a representação, a arte cinética resiste aos processos de transformação e se faz presente nas mais diversas formas da arte contemporânea.
Na Europa e nos Estados Unidos há um crescente interesse por essa arte que tem na geometria, na cor e na perspectiva a base das obras. O artista húngaro Victor Vasarely estabeleceu em 1955 as regras da arte cinética. No mesmo ano aconteceu a exposição “O Movimento”, na galeria parisiense Denise René. Ao lado de Vasarely figuraram na exposição que marcou o nascimento da arte cinética, os artistas Agam, Bury, Calder, Duchamp, Jacobsen, Jesús Soto e Tinguely.
Na América Latina, três países se destacaram no desenvolvimento artístico do cinetismo: Venezuela, Argentina e Brasil. A arte cinética produzida por artistas sul-americanos, que se mudaram para Paris após o período do pós-guerra, revela a urgência de conhecimento e de avanço do meio artístico latino americano no período. A relação entre arte e ciência era problematizada e estimulava-se a participação do espectador na obra de arte.
Os deslocamentos promovidos pela arte cinética têm um papel fundamental na arte contemporânea, que hoje exige cada vez mais a participação do espectador. A arte cinética vive e resiste aos processos de transformação e à velocidade do mundo atual, em permanente mutação. Junto aos avanços tecnológicos, ela se faz presente nas mais diversas formas da arte contemporânea.
Fonte: O Dia Online
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