Disciplina - Matemática

Matemática

21/06/2010

Criatividade ajuda a somar

Cubos de números, material de contas douradas, barras de diferentes comprimentos e objetos com diversas formas geométricas poderiam ser divertimento de qualquer brinquedoteca de uma escola. Nas aulas da professora de matemática Luciane Cardoso de Freitas, do colégio Província de São Pedro, na Capital, os materiais são apoios diários no ensino da matemática.
Os conteúdos são desenvolvidos a partir de materiais e trabalhados em grupos, que somam, dividem e subtraem. Com a forma lúdica e concreta, conseguem visualizar e entender melhor, fazendo grandes descobertas com os números.
– Há crianças com fobia matemática por nunca terem sucesso na disciplina, assim como não conseguem acompanhar o raciocínio. Cabe ao professor dar oportunidades para que obtenham sucesso e vejam a matemática com outros olhos – diz Luciane, especialista em psicopedagogia.
De acordo com a psicopedagoga e professora do curso de pós-graduação da Faculdade de Educação da UFRGS, Beatriz Vargas Dorneles, alguns processos cognitivos são importantes para a aprendizagem da matemática. Um deles é a memória de trabalho, capacidade que temos de reter dados temporários no mesmo momento em que processamos outras informações. Além disso, os professores também deve estar qualificados para identificar a melhor forma de trabalho.
Briga da tabuada
Contagem nos dedos, nos palitinhos, fechando os olhos ou falando em voz alta. Seja qual for a técnica utilizada, a tabuada deve ser memorizada. De acordo com o neurologista Vitor Geraldi Haase, doutor em biologia humana, ao decorar a tabuada, a criança ativa os dois lados do cérebro. Mas pessoas com discalculia apresentam dificuldade de desenvolver o sistema simbólico verbal e arábico, o que traz dificuldade de aprender e de perceber o significado da tabuada.
Ui, que medo!
Suadores, calafrios, dores de barriga ou de cabeça podem ser sinais de ansiedade ou de fobia relacionada aos números. A aversão pode ser produto de experiências negativas, como o constante erro nos exercícios matemáticos e a repressão e cobrança de pais e professores. A dica para superar é relaxar, ter paciência e, em casos complicados, procurar um especialista.
Teste em casa
Pais e professores que identificam cedo alguma dificuldade matemática nas crianças podem ajudá-las a superar o problema. Uma dica do neurologista Vitor Geraldi Haase é fazer um teste de gnosia digital em casa.
Esconda a mão da criança com um pano ou com uma caixinha. Toque em um dos dedos dela, sem que ela veja qual deles foi apalpado. Depois, pergunte qual foi o dedo tocado. Se ela errar, é possível que tenha de receber atenção especial na área da matemática – e os pais podem incentivá-la em casa. O teste pode ser feito em crianças de cinco e seis anos.
Outra opção é fazer uma espécie de happy hour com seu filho. Reserve um momento do dia para se envolver com ele por meio de brincadeiras e atividades sociais. Se a criança mostrar-se rebelde, use técnicas de obediência por meio do incentivo, e não da punição.
Professor particular
Por mais que alguns pais acreditem que o professor particular é uma forma de dependência para o aprendizado, o profissional pode, sim, ajudar no desempenho das crianças em sala de aula. Com aulas focadas em determinadas necessidades, as aulas podem ajudar até mesmo a desviar o conflito de autoridade dos pais, que nem sempre têm paciência na hora de ensinar os pequenos.
Este conteúdo foi acessado em 21/06/2010 do sítio Zero Hora. Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor original da matéria.
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