Matemática
15/08/2011
Games podem substituir as provas em aula
Jogos online desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Araraquara, podem se tornar instrumentos de avaliação dos professores em sala de aula.Como num tabuleiro, o estudante seleciona um avatar e a disciplina que vai testar. No ensino médio, estão no ar os desafios para matemática, química, física, biologia, história e geografia.
Totalmente gratuito – e disponível em quatro versões no endereço: www.ludoeducativo.com.br –, o Instituto ainda criou uma edição especial de combate à dengue, por meio do qual a criança só avança se destruir os focos da doença e não se deixar picar pelo mosquito contaminado.
“As crianças gostam de jogos que dão tiros, mas nós queremos formar cidadãos”, explica Elson Longo, coordenador do instituto da Unesp e do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos. A previsão é que até o fim do ano mais quatro games estejam disponíveis, entre eles, um voltado para a proteção do meio ambiente.
O programa virtual criado para medir o aprendizado do aluno permite identificar os melhores colocados. Como no tabuleiro, há um dado virtual. O jogador anda o número de casas correspondentes e é feita uma pergunta sobre o tema escolhido em forma de teste.
Se errar, volta o número de casas que andou e perde pontos. No total, são 2,1 mil questões de ensino médio e 6,3 mil para o fundamental 1 e 2 juntos. O sistema não exclui perguntas, só inclui.
“O professor pode usar o jogo para verificar como os alunos estão na disciplina”, sugere Longo. “Estatísticas de cada situação de acerto ou erro permitem ao professor saber com segurança o que o aluno precisa saber mais ou não”, afirma o pesquisador.
Há 3 anos, uma empresa, em parceria com universidades públicas e agências de fomento em Recife, capital de Pernambuco, desenvolveu um projeto chamado Olimpíadas de Jogos Digitais e Educação (OjE).
Com 100 mil alunos cadastrados naquele Estado e no Rio de Janeiro, o site se tornou uma verdadeira rede social, com a diferença de que, nesse caso, compartilham conhecimento.
Segundo Luciano Meira, professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador do OjE, o game une jogos casuais tematizados e enigmas. Há, por exemplo, uma aventura em uma nave na corrente sanguínea. O nível das questões é elevado. “O jogo é para o estudante se encantar com o mistério e ir atrás das respostas”, define Meira.
Esta notícia foi publicada em 12/08/2011 no Jornal da Tarde. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.