Disciplina - Matemática

Matemática

23/08/2013

Crianças autistas têm melhor desempenho em matemática do que as outras

O autismo é um termo geral que diz respeito a qualquer categoria dentro dos transtornos do espectro autista — ou seja, pessoas com o distúrbio apresentam características muito diferentes entre si. Em termos de cognição, há autistas com extrema dificuldade em desenvolver a fala e as habilidades acadêmicas, ao mesmo tempo em que existem indivíduos com o transtorno que são extremamente inteligentes e até geniais.

Um novo estudo feito na Faculdade de Medicina da Universidade Stanford, Estados Unidos, observou que crianças autistas com um QI dentro da média geral — e que, portanto, não se enquadram em nenhum dos extremo descritos acima — têm um melhor desempenho em resolver problemas matemáticos do que crianças sem o transtorno. Para os pesquisadores, isso pode ser explicado pela forma única em que o cérebro de pessoas com autismo é organizado. Ou seja, em pessoas com o transtorno existe uma maior atividade em áreas cerebrais que favorecem essa habilidade. O trabalho será publicado neste final de semana no periódico Biological Psychiatry.

Se, por um lado, crianças autistas apresentam problemas de interação social, como interpretar a expressão do rosto de uma pessoa, essa pesquisa mostrou que podem existir habilidades que são favorecidas pelo transtorno, como a capacidade de resolver questões matemáticas. "Ser capaz de resolver uma questão numérica e ter um bom desempenho em matemática pode fazer uma grande diferença na vida de uma criança autista", diz Vinod Menon, professor de psiquiatria da universidade e coordenador do estudo.

A pesquisa foi feita com 36 crianças de 7 a 12 anos – metade delas tinha autismo e todas apresentavam um QI dentro da média. Ao realizarem testes acadêmicos, todos os participantes apresentaram desempenho normal em ler e escrever. Porém, o desempenho médio das crianças autistas no teste de matemática foi superior ao das que não tinham o transtorno.

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Esta notícia foi publicada em 16/08/13 no Veja Ciência. Todas as informações são responsabilidade do autor.
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