Disciplina - Matemática

Matemática

02/09/2013

Prazer em ensinar é determinante para o aprendizado, diz professor

O professor Geraldo Amintas é o tipo de pessoa que faz a diferença no lugar onde vive. Aos 54 anos, ele se orgulha de contar que dedicou 33 anos da sua vida à missão de ensinar e estimular os jovens a se dedicarem aos estudos. O trabalho, realizado na mesma escola onde estudou na adolescência, contribuiu para que o seu município fosse destaque nacional na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) em 2012.

Amintas é de Dores do Turvo, cidade da Zona da Mata mineira, a 200 quilômetros de Belo Horizonte. No ano passado, o município teve o melhor resultado proporcional em relação ao restante do país, com 15 medalhas e 11 menções honrosas na competição.

Nos últimos sete anos, os alunos da Escola Estadual Terezinha Pereira, a única do município do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e ensino médio, conquistaram 133 premiações e 34 medalhas.

Por trás desse sucesso, está o estímulo de diretores e a dedicação dos professores coordenados por Amintas. Ele conta que na primeira edição da Obmep, em 2005, ainda não tinha ideia do potencial dos estudantes. “Participamos meio desacreditados e não achávamos ser possível ter algum destaque nacional numa competição dessa grandeza”, relata. “Mas já naquela oportunidade tivemos cinco menções honrosas e, aos poucos, os resultados começaram aparecer. Vimos que era possível fazer algo a mais”.

Trajetória

Embora sempre tenha gostado de matemática, Amintas conta que a escolha pela formação superior na área aconteceu por falta de opções na cidade. Por isso, decidiu ir para Ubá, que fica a aproximadamente 50 quilômetros de Dores do Turvo, onde se formou pela Fundação Antônio Carlos.

“O curso era uma novidade na faculdade e, à época, também englobava física e química. Minha ideia era usá-lo como uma espécie de cursinho para, no ano seguinte, fazer vestibular para uma universidade federal. Mas acabei dando continuidade e, ao entrar para o magistério, senti que era mesmo o que eu gostava de fazer”, conta.

Apesar do interesse e aptidão de muitos dos seus alunos para a matemática, ele reconhece que essa é uma das disciplinas em que os estudantes mais apresentam dificuldades. “Por isso é importante que o professor goste do que faz, porque só vamos despertar o prazer de aprender se mostrarmos o prazer de ensinar”, ressalta. “Além disso, acho que devemos mostrar como a matemática se associa à rotina diária do aluno”.

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI, com a colaboração de Leonardo Pessanha

Esta notícia foi publicada em 30/08/13 no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Todas as informações são responsabilidade do autor.
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